Naufragil é tudo igual! Todo mundo aderiva.
Dezenas de pessoas... magras, gordas, ricas, pobres,
podres, crianças e adutos, todos ao mar...
Nunca há botes suficientes pra todos, a maioria morre afogada.
E o jovem Michael já estava exausto, seu corpo já sentia os efeitos da hipotermia (resultado de horas dentro dagua) e permanecer acordado, era um esforço quase sobhumano.
Derepente, na imensa escuridão do oceano, Michael avistou um daqueles botes. Ele reuniu suas forças, nadava e gritava em direção ao bote. Aos poucos viu a figura de um velho que de costas pra ele falava com alguem na agua, provavelmente tentando ajuda-la. Pelo seu casaco, era o capitão do navio (mundo). Michel se esforçou ainda mais, e conseguiu chegar ao bote, apoiou-se na borda com a mão, e soltou uma ultima fala, mesmo que baixinha...
- Ajude-me!
O velho homem virou-se de subito, e fez descer sob sua mão bem na linha do pulso um pesado e cruel machado. Decepando sua mão num só golpe.
- Já disse que não levo nenhum de vocês, malditos! comigo.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
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Um comentário:
hahahha....Que saudade, esse texto me faz lembrar imgens !
Me lembra , auto da barca do inferno, bons tempos do curcinho popular da USP.
o auto da Barca do Inferno e o Inferno anónimo (c. 1515) do Museu Nacional de Arte Antiga
Existe no Museu Nacional de Arte Antiga uma pintura anónima do Inferno que é quase contemporânea do Auto da Barca do Inferno. Poderá precedê-lo em dois anos. É uma pintura de qualidade e contém, como a obra de Gil Vicente, intenção de crítica social. Mas enquanto na Barca assistimos ao julgamento, donde se pode sair condenado ou salvo, a pintura mostra um recanto infernal com danados distribuídos por grupos, recordando talvez o que se passa na Divina Comédia; no auto, as personagens são individuais.
Esta pintura, que Gil Vicente pode bem ter conhecido, remete para o mesmo momento cultural e religioso, até para um semelhante empenho pré-reformista de intervir na sociedade.
O.Skarlath
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