Carnizza

E VOCÊ... AINDA COM MEDO DE NÓS?...

Os dias em gotan-city estão confusos.
Disfigurada esta minha imagem no espelho. Não me reconheço, e você? Ainda é o mesmo. Lembra de velhos tempos que perambulava com litros na mão e uma ideia na cabeça.
Para enfraquecer o homem eles atacam seus principios.
E você... o quanto mudou o seu... A grande metamorfose. Seus sonhos correm de você

galopando e galopando...

Como morem os sonhos. Me diz você, quando os amigos se mudam, vam para longe. Ai percebemos quando morrem os sonhos. Quando nossas ideais são substituidos por carteira assinada e descimo terceiro, ai percebemos quando morrem os sonhos. Quando nossas mulheres nos abandonam por um cara mais rico. É ai que morrem os sonhos.

Mas me nego a parar de sonhar.

Vo indo contra o vento nadando rio acima. Varios caem na queda daqua atrás de mim. Eu... continuo a fugir do normal, do comum. O super homem morreu. E o filosofo foi enterrado 14 palmos abaixo pra não correr o risco.

Usando o livro como pá, vou desenterrando-o aos pouquinhos. De madrugada, enquanto todos dormem. Andaririos bebados e cachaceiros locais juntam-se a mim em dias de lua cheia. E você... ainda com medo de nós?...